sábado, 2 de junho de 2007

Emprego do Juvenal

Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma
entrevista.
Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:
Qual foi seu último salário?
"Salário mínimo", respondeu Juvenal.
Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil
dólares por mês!
Jura?
Que carro o Sr. tem? Na
verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um
carrinho de mão!
Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará
um Audi para você e uma BMW
para sua esposa! Tudo zero!
Jura?
O senhor viaja muito para o exterior?
O mais longe
que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns parentes...
Pois se o senhor trabalhar aqui viajará pelo menos 10 vezes por ano,
para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc.
Jura?
E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo agora
porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se
até amanhã (sexta-feira) à meia-noite o senhor NÃO receber um telegrama
nossocancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.
Juvenal
saiu do escritório radiante. Agora era só esperar até a
meia-noite da sexta-feira e rezar para que não aparecesse nenhum
maldito telegrama. Sexta-feira mais feliz não poderia haver. E
Juvenal reuniu a família econtou as boas novas.
Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa à base de
muita música.Sexta de tarde já tinha um barril de choop aberto.
Às 9 horas da noite a festa fervia.
A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. Dez horas, e a
mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero.
A vizinha gostosa, interesseira, já se jogava
pra perto do Juvenal.E a banda tocava!
E o choop gelado rolava!O povo dançava!
Onze horas, Juvenal já era o rei do bairro.
Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por
conta do primeiro salário. E a mulher resignada, meio aflita, meio
alegre, meio boba, meio assustada.Onze horas e cinqüenta e cinco
minutos........Vira na esquina buzinando feito louco uma motoca
amarela...Era do Correio!A festa parou...
A tuba engasgou!Um bêbado arrotou!
Uma velha peidou!
Um cachorro uivou!
Uma mosca zuniu...
Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?
Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.
Jogaram água na churrasqueira!
O chopp esquentou!
A mulher do Juvenal desmaiou!
A motoca parou!
Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?
Si, si, sim, so, so, sou eu...
A multidão não resistiu...
OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!
Telegrama para o senhor...
Juvenal não acreditava...
Pegou o telegrama, com os
olhos cheios d'água, ergueu a cabeça e olhou
para todos.Silêncio total.
Respirou fundo e abriu o telegrama.
Uma lágrima rolou, molhando o telegrama..
Olhou de novo para o povo e a consternação era
geral.Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.
O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.
E agora? Quem vai pagar essa festa toda?
Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos
e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...
Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e começou a
gritar eufórico
Mamãe morreeeeuuu! Mamãe Morreeeeuuu!!

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